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Reunião na FAPERJ prepara foro internacional que antecederá Rio+20
| Vinicius Zepeda |
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| Na reunião, foram debatidas questões ligadas à logística e à divulgação do Foro de C,T&I para o Desenvolvimento Sustentável |
Na manhã desta quarta-feira, 16 de maio, estiveram reunidos na sede da FAPERJ, membros do comitê organizador local do Foro de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá entre os dias 11 e 15 de junho, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O foro tem como objetivo debater a elaboração de uma nova agenda científica internacional que inclua temas como desenvolvimento sustentável, economia verde e erradicação da pobreza – algumas das principais questões que serão discutidas na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de junho, em vários locais do Rio de Janeiro. O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, fará a conferência de abertura do evento.
Diretor científico da FAPERJ e um dos organizadores do evento, Jerson Lima esteve entre os presentes à reunião, que serviu para debater a divulgação e a logística do evento. "Além de buscar aumentar seu diálogo com a sociedade civil e tornar suas atividades mais conhecidas do público, em 20 estandes que ocuparão os pilotis da PUC-Rio, a Fundação é uma das instituições que darão apoio para a realização do evento", destacou Lima.
Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diretora do escritório regional do Conselho Internacional para a Ciência (ICSU, da sigla em inglês) e coordenadora da comissão organizadora do evento, a socióloga Alice Abreu lembrou que os objetivos do foro estão de acordo com a Declaração sobre o estado do planeta (arquivo em PDF), produzida depois de intensos debates envolvendo mais de 3 mil cientistas especializados em temas socioambientais, durante a reunião Planet Under Pressure, realizada em Londres, na última semana de março. "As sessões plenárias do Foro debaterão os seguintes temas: bem-estar humano e tendências populacionais, consumo sustentável e produção, mudanças climáticas e ambientais, segurança alimentar, segurança hídrica, bem-estar urbano, serviços ecológicos e biodiversidade, saber indígena, desastres, energia e economia verde."
Alice Abreu chamou a atenção ainda para 20 sessões paralelas ao foro que terão acesso aberto aos interessados – os chamados side events. "Estas sessões servirão para setores específicos da comunidade científica realizarem debates mais aprofundados e firmarem maiores compromissos de aproximação das demandas acadêmicas com as políticas públicas", afirmou. "Mudanças globais e transformação social, segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e políticas de C,T&I para a Amazônia e transferência de tecnologias sustentáveis estarão entre seus temas", complementou.
Outro ponto destacado pela coordenadora foi o processo de escolha dos palestrantes, que serviu para dar um caráter global ao foro. "Os representantes das seis instituições organizadoras do evento buscaram escolher pesquisadores de forma balanceada entre os hemisférios Norte e Sul, mulheres e homens, países desenvolvidos ou em desenvolvimento e assim por diante", concluiu.
O Foro de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável será organizado pelo ICSU, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Federação Mundial das Organizações de Engenharia (WFEO), o Conselho Internacional de Ciências Sociais (ISSC), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
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