O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > FAPERJ repassa recursos ao Programa Proteoma
Publicado em: 20/04/2004
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

FAPERJ repassa recursos ao Programa Proteoma

A FAPERJ vai repassar R$ 1,2 milhão ao Programa Proteoma do Rio de Janeiro. A liberação financeira foi autorizada pelo governo do estado e é uma contrapartida ao investimento de mesmo valor feito pelo governo federal. A verba será empregada para a aquisição de equipamentos e reagentes.

A principal ação do Programa Proteoma é a Rede de Proteômica, que é destinada ao estudo da estrutura e das funções das proteínas em diferentes células, como as do corpo humano, vegetais, vírus e bactérias. Criada em novembro de 2001, pela FAPERJ, agência de fomento vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a rede fluminense foi a primeira do gênero a ser lançada no Brasil.

Divididos em grupos, os cientistas ligados à Rede de Proteômica estão se dedicando ao estudo de quatro objetos de pesquisa: o vibrião da cólera; a ação do vírus da dengue em células hepáticas humanas; as toxinas animais (veneno de cobras); e a ação da Gluconacetobacter diazotrophicus, bactéria responsável pela fixação de nitrogênio em culturas como a da cana-de-açúcar.

Mapa da Vibrio cholera

A rede já vem apresentando os resultados iniciais de seus estudos. Recentemente, um dos grupos de pesquisa teve um artigo aprovado para publicação na revista norte-americana Proteomics. Trata-se de um mapa proteômico da Vibrio cholera, a bactéria responsável pela cólera. Nele, são mostradas cerca de 500 diferentes bandas de proteínas das quais foram identificados por espectrometria de massas cerca de 80 tipos diferentes.

“A proposta desse grupo de pesquisa é identificar o conjunto de proteínas expressas pela bactéria, em particular aquelas ligadas à virulência, ou seja, as que fazem com que ela seja agressiva ao homem”, explica o professor Paulo Mascarello Bisch, coordenador da Rede de Proteômica.

Além do vibrião da cólera, os cientistas da rede também estão se dedicando  ao estudo das toxinas que se concentram nos venenos de duas serpentes brasileiras Bothrops jararaca e Bothrops insularis. A separação e identificação de proteínas e peptídeos ativos destes venenos, em estado avançado nos estudos da rede, podem resultar na identificação de novos compostos anti-coagulantes, com potencial uso como medicamento ou em métodos diagnósticos, em doenças como trombose das veias profundas, da veia central da retina e de outras doenças arteriais periféricas, ou ainda em cirurgias vasculares.

O proteoma de células humanas infectadas pelo vírus da dengue é outro tema estudado pela Rede de Proteômica. O trabalho ganhou novo impulso com a aprovação de um projeto submetido ao edital sobre a doença da dengue lançado pelo MCT no final do ando passado. Com novos recursos e novos parceiros os grupos da rede pretendem estender os estudos proteômicos para soros de pacientes infectados com dengue. Os objetivos concentram-se em compreender a causa da dengue hemorrágica, responsável em muitos casos pela morte do paciente, e descobrir possíveis métodos diagnósticos precoces ou medicamentos que possam evitar estas mortes.

Fixação natural de nitrogênio

A Rede de Proteômica também está se dedicando ao estudo da Gluconacetobacter diazotrophicus. O projeto está em estágio adiantado e os pesquisadores têm obtido mapas proteômicos em géis à duas dimensões em diferentes condições de crescimento da bactéria e em meios com diferentes disponibilidades de nitrogênio.

O principal objetivo é estudar diferencialmente as proteínas envolvidas na fixação do nitrogênio e na associação da bactéria com as plantas, visando sobretudo possíveis melhoramentos genéticos, que possam garantir no futuro economias no uso de adubos nitrogenados em cultivares de Cana de Açucar e de outras plantas. A identificação das proteínas envolvidas está sendo possível através da colaboração com projeto Genoma do Rio de Janeiro (RioGene) dedicado ao seqüenciamento do genoma da mesma bactéria.

A Rede de Proteômica do Rio de Janeiro é formada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf); Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz); Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes