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Publicado em: 12/12/2013
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Rio de Janeiro se destaca na avaliação trienal da Capes

Nesta última terça-feira, 10 de dezembro, a Capes divulgou o resultado de sua avaliação trienal, correspondente ao período 2010 a 2012. A avaliação abrangeu 48 diferentes áreas de avaliação, a partir de informação provida pelos programas de pós-graduação, em sistema específico informatizado (Coleta Capes). As propostas são analisadas por comissões específicas de especialistas, em cada área de avaliação, que emitem pareceres e conceitos, de 1 a 7, para cada programa avaliado. Programas que recebam conceitos 1 e 2 (insuficiente), e que assim permaneçam, mesmo após a análise de eventuais recursos, não podem mais abrir turmas novas. Para se manter no sistema, o programa tem que receber conceitos 3 (regular), 4 (bom), 5 (muito bom) ou 6 e 7 (excelente). O sistema de notas substituiu o de letras (A a E), vigentes desde 2001. Portanto, tem-se a memória de quatro avaliações trienais, em que a evolução dos critérios e da métrica tem possibilitado um aperfeiçoamento do processo, em que se destaca transparência, lisura e busca pela excelência na formação de pessoal qualificado, sempre fundamentado na avaliação por pares. Os pareceres emitidos pelos comitês de cada área são analisados em reunião do Conselho Técnico Científico do Ensino Superior (CTC-ES) da Capes, a partir de análise circunstanciada de dois relatores independentes e só então encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) para aprovação e renovação do reconhecimento dos cursos.

O sistema de avaliação da pós-graduação stricto sensu foi implantado pela Capes em 1976 e, desde então, vem cumprindo papel de fundamental importância para o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil.

Foram avaliados 3.337 programas, sendo que o estado do Rio de Janeiro representou 11,8% do total, com 393 programas. Em relação à avaliação anterior (2010), o crescimento nacional foi de 18,6%, em número de programas avaliados, e o do estado do Rio de Janeiro foi de 19%, maior do que o crescimento observado na região Sudeste, que foi de 14%. Setenta e sete programas tiveram seus conceitos elevados, representando 20% do total de cursos avaliados, enquanto 38 tiveram seus conceitos diminuídos, representando 9,7% do total (bem próximo da média nacional de 23% de aumento e 8% de redução de conceito, sendo que, no Sudeste, esses índices foram de 23% e 11%, respectivamente).

O estado do Rio de Janeiro conta agora com 27 programas conceito 7 (6,9% do total, em contraposição à média nacional de 4,2%), contra 22 na avaliação anterior – crescimento de 21%; 40 programas conceito 6 (10,1% do total, em contraposição à média nacional de 8%), contra 41 na avaliação anterior, ficando praticamente estável; 89 programas conceito 5 (22,6% do total, em contraposição à média nacional de 17,9%), contra 73 na avaliação anterior – crescimento de 22%. Assim, 17% dos programas são de excelência – conceitos 6 e 7 – (12,2% na média nacional) e 39,7% são conceito 5 ou superior (30,1% na média nacional). Ainda temos 141 programas com conceito 4 (maioria) e 96 com conceito 3, representando 60,3% dos programas.

 

 Evolução dos programas de pós-graduação do RJ nas avaliações trienais 2010 x 2013

Para a finalidade da análise aqui apresentada, as instituições com mais de dez programas foram estudadas caso a caso. As instituições públicas, ou sem fins lucrativos, com menos de dez programas foram agrupadas e as instituições privadas com menos de dez programas foram analisadas também em conjunto. A seguir, são apresentados os dados na sequência de instituição de ensino superior (IES) com maior número de programas.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a IES no Rio de Janeiro com maior número de programas avaliados (99). Em relação à trienal anterior, houve um crescimento de 10% no número de programas (90). Dos 99 programas, 33,3% têm conceitos 6 e 7, sendo 16 com conceito 7, o que a coloca como a segunda do País, atrás da Universidade de São Paulo (USP) e empatada com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em relação aos cursos com conceitos mais elevados. Se considerarmos os programas com conceitos 5 e superiores, 62% dos programas da UFRJ se enquadram nesta categoria. Nesta avaliação, 16 programas tiveram seus conceitos elevados, enquanto 13 tiveram seus conceitos diminuídos. Três programas subiram para conceito 7, dois subiram para conceito 6, cinco para conceito 5, seis para conceito 4; um desceu para conceito 6, cinco desceram para conceito 5, quatro para conceito 4 e quatro para conceito 3.

Pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UFRJ, a professora Débora Foguel comemorou o resultado e disse que a universidade segue a tendência nacional de amadurecimento nos cursos de pós-graduação. Ela destacou a importância do aporte de recursos feitos principalmente por parte da FAPERJ e da própria Capes para o desempenho dos 99 cursos avaliados na UFRJ.

A Universidade Federal Fluminense (UFF), com 59 programas avaliados, conta com um programa com conceito 7 e três programas com conceito 6. Em relação à trienal anterior, a UFF cresceu 29% em programas novos. Programas com conceitos 5 ou superiores representam 25,4% do total nesta avaliação, comparados a 23,8% na avaliação passada. Subiram sete programas e apenas um caiu de 6 para 5. Três programas subiram para conceito 5 e quatro para conceito 4.

Para o pró-reitor de pós-graduação, pesquisa e inovação da UFF, Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega, “o resultado avaliação trienal da Capes veio ratificar o acerto da nossa política institucional de pós-graduação que tem como objetivo ampliar a base qualificada de programas, com o aumento do conceito de oito dos nossos programas e apenas um que diminuiu, mas que, no entanto, se manteve com o conceito 5, considerado de excelência. A manutenção de uma política agressiva de ampliação qualificada do parque de equipamentos e facilities, de implementação de instrumentos de gestão da pesquisa e pós-graduação e de incentivo a captação de recursos e a publicação científica de alto nível certamente trarão impacto positivo ainda mais evidente nos próximos anos".

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com 51 programas avaliados, é a terceira em número de programas. A Uerj cresceu 10% em programas novos, entre as avaliações. Com sete programas com conceitos 6 e 7 (14% do total, acima da média nacional de 12%), ela se coloca como a nona no País, empatada com Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) em número de programas de excelência. Apresenta três programas com conceito 7 (Educação, Saúde Coletiva e Fisiopatologia Clínica e Experimental, os dois últimos promovidos nesta avaliação). Os programas com conceitos 5 e superiores representam 43% do total, enquanto na avaliação anterior eram 33% (acima da média nacional de 30%). Nesta avaliação, 14 programas tiveram seus conceitos elevados enquanto quatro tiveram seus conceitos diminuídos. A Uerj foi a instituição do Rio que teve o melhor saldo de cursos promovidos em relação aos que tiveram conceitos diminuídos: dois subiram para conceito 7, dois subiram para conceito 6, sete para conceito 5 e três para conceito 4, enquanto três tiveram seus conceitos diminuídos para conceito 4 e um para conceito 3.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) teve sete programas com conceitos 6 e 7 e é a terceira melhor instituição fluminense nesse ranking. Sub-reitora de pós-graduação e pesquisa da Uerj, Mônica Heilbron disse que os bons resultados estão ligados a uma boa coordenação de curso, associada aos corpos docente e discente. “Alguns programas foram criados e ampliados estimulando a fixação dos docentes produtivos, entre eles o ProCiência, em que premiamos por produtividade os melhores pesquisadores com uma bolsa renovável ou não, a cada três anos, com recursos da Faperj”, explica Mônica.

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com 29 programas avaliados, é a quarta em número de programas, apesar de ter apenas um programa em relação à avaliação anterior. Por ter nove programas com conceitos 6 e 7, é a oitava no País, em programas de excelência. Houve certo equilíbrio entre os programas que tiveram conceitos aumentados ou diminuídos (cinco aumentaram e seis diminuíram): dois subiram para conceito 6, dois subiram para conceito 5 e um subiu para conceito 4, enquanto, um desceu para conceito 6, um para conceito 5 e quatro para conceito 4. Com 69% de seus programas com conceitos 5 ou superiores, a PUC-Rio é a mais bem colocada no estado do Rio de Janeiro, nesse quesito.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem um número muito próximo da PUC-Rio, com 26 programas avaliados, dos quais nove tiveram seus conceitos elevados e apenas um conceito diminuído, o que a coloca bem próximo da Uerj em saldo de cursos promovidos. Dois programas tiveram conceitos elevados para 7, três para conceito 6, quatro para conceito 5 e um para conceito 4, enquanto um teve seu conceito diminuído para 5. A Fiocruz apresentou crescimento acentuado no número de programas de uma avaliação trienal para a outra (35%). Os programas com conceitos 5 ou superiores representam 58% do total.

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) teve 23 programas avaliados. Houve pouca variação nesta avaliação, com três programas com conceito aumentado e dois com conceito diminuído: um teve seu conceito elevado para 5 e dois para conceito 4, enquanto os dois que tiveram conceitos diminuídos situam-se agora no conceito 3. A UFRRJ não tem programas com conceito 7, mas tem um programa com conceito 6. Os programas com conceitos 5 ou superiores representam 22% do total.

A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) teve 17 programas avaliados, dos quais três tiveram conceitos aumentados, não havendo qualquer programa com conceito diminuído. Os três que foram elevados foram para conceito 4. A UniRio ainda apresenta poucos programas com conceitos mais elevados (dois com conceito 5), mas apresentou crescimento acentuado (88%) em número de programas de uma avaliação para a outra.

A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) não apresentou crescimento no número de programas da avaliação anterior para a atual, permanecendo com 13 programas. Nesta avaliação, cinco programas tiveram conceitos elevados, enquanto três tiveram conceitos diminuídos: um teve seu conceito elevado para 6 (primeiro conceito 6 da Uenf), um para conceito 5 e três para conceito 4, enquanto três tiveram seus conceitos diminuídos para 3. De forma semelhante à UFRRJ, os programas com conceitos 5 ou superiores representam 23% do total.

“Na avaliação da Capes o programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Uenf, atingiu a marcante nota 6, o que nos eleva a níveis internacionais pelos critérios da Capes. Esse conceito deve ser dividido com a FAPERJ. Nos últimos anos, temos tido um apoio grande de recursos da FAPERJ nas mais diversas modalidades, o que sem sombra de dúvidas viabilizou diversas ações de pesquisa que contribuíram sobremaneira na obtenção deste conceito”, comentou Alexandre Pio Viana, chefe do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal, da Uenf.

Um conjunto mais heterogêneo de 43 programas avaliados em outras instituições públicas ou sem fins lucrativos, tais como o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Laboratório Nacional de Ciências da Computação (LNCC), Instituto Nacional do Câncer (Inca), Observatório Nacional (ON), Instituto Militar de Engenharia (IME), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) etc. foram agrupados porque apresentavam menos de dez programas, cada. Neste conjunto, nove programas tiveram seus conceitos elevados e cinco diminuídos. Dois programas subiram para conceito 6 (Oncologia do Inca e Administração da FGV), três subiram para conceito 5 (Administração, da FGV; Botânica, do JBRJ; e Ciência dos Materiais, do IME) e quatro subiram para conceito 4 (os mestrados profissionais de Física, do CBPF; de Ensino de Ciências, do IFRJ; e de Propriedade Intelectual e Inovação, do INPI; e o mestrado acadêmico em Engenharia Elétrica, do IME). Cinco programas tiveram conceitos diminuídos: dois para conceito 4 e três para conceito 3. Este conjunto de instituições possuem três cursos com conceito 7 (Física, do CBPF; Matemática, do Impa; e Economia, da FGV) e 3 com conceito 6 (Modelagem Computacional, do LNCC; além dos dois programas já mencionados acima). Da avaliação trienal anterior para esta atual, este conjunto cresceu 16% em número de programas.

Para o coordenador de ensino do Inca, que durante seis anos foi coordenador da pós-graduação, Luiz Felipe Ribeiro Pinto, vários motivos contribuíram para que a pós-graduação em Oncologia atingisse conceito 6, dentre eles o forte apoio recebido de agências de fomento como a FAPERJ.

Em 11 instituições privadas, foram avaliados 36 programas: seis tiveram seus conceitos elevados e três diminuídos. Os que subiram foram para conceito 4; dos três que desceram, um foi para conceito 3 e dois para conceito 4. As instituições privadas ainda têm uma história recente na pós-graduação, com apenas um programa com conceito 5 (Direito, da Unesa). O crescimento do número de programas também não tem sido acentuado, passando de 31 para 33 nesta avaliação. Os cursos que tiveram conceitos aumentados são das seguintes instituições: Unigranrio (Ensino de Ciências; Letras; e Ciências Humanas), Unesa (Saúde da Família), Universo (História), Unisuam (Ciência da Reabilitação), Unifoa (Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente) e UVA (Odontologia).

Assim, o desempenho global dos programas de pós-graduação do estado do Rio de Janeiro foi melhor do que a média nacional, mostrando que o sistema estadual de pós-graduação fluminense, embora ainda tenha muito a crescer, já atinge os maiores patamares de excelência do País.

“A FAPERJ sente-se muito orgulhosa por estar contribuindo para o desenvolvimento do sistema estadual de pós-graduação, formando pessoal altamente qualificado para o estado e para o Brasil”, comenta o diretor científico da Fundação, Jerson Lima. Ele ainda acrescenta: “Além do apoio crescente à pesquisa em todas as áreas do conhecimento, a FAPERJ tem ações com impacto direto na melhoria da qualidade dos programas de pós-graduação, cabendo destacar por exemplo o Mestrado e Doutorado Nota 10, o apoio a cursos emergentes e a programas de universidades estaduais, além do programa de pós-doutorado em parceria com a Capes, entre muitos outros”. 

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