Rede Rio ganha canal internacional mais veloz
As instituições ligadas à Rede Rio de Computadores 2 (Rede Rio 2) já podem conectar-se a sites no exterior com mais rapidez. A rede passou a disponibilizar para seus usuários, desde a segunda semana de fevereiro, um novo canal internacional de 24 milhões de bits por segundo (Mbps). A ampliação da velocidade do canal, que antes era de 10 Mbps, vai agilizar a conexão com o exterior, cuja capacidade estava sobrecarregada desde julho do ano passado.
Implantada em abril de 1999, a Rede Rio 2 veio modernizar a Rede Rio de Computadores, criada em 1992. Trata-se de uma rede metropolitana de acesso à Internet em alta velocidade, com características diferentes dos provedores comerciais. Financiada pela FAPERJ, a Rede Rio 2 atende diretamente a 90 instituições e indiretamente a outras 92, conectadas através do Centro de Processamento de Dados do Rio de Janeiro (PRODERJ). Ao todo, já são mais de 200 mil usuários, entre pesquisadores e funcionários de centros de pesquisa, universidades e órgãos do governo. Para contratar o novo canal internacional, a FAPERJ promoveu licitação pública vencida pela IMPSAT, empresa que fornece serviços de banda larga em diversos países da América Latina. Outros seis concorrentes participaram da primeira etapa do processo. Com a licitação, além de ampliar a velocidade de conexão, a Rede Rio conseguiu reduzir em 11,43% os gastos com o canal internacional, que agora passam a ser da ordem de R$ 155 mil mensais. Neste ano serão investidos cerca de R$ 3 milhões no projeto.
Ao ampliar a capacidade do canal internacional, o Governo do Estado está contribuindo para desenvolver, ainda mais, as instituições de pesquisa e de ensino do Rio de Janeiro. Esta também é uma mostra do amadurecimento da parceria entre a FAPERJ e o Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro, explica o professor Antônio Celso Alves Pereira, Diretor-Superintendente da FAPERJ.
Segundo o coordenador de Engenharia Operacional da Rede Rio 2, Márcio Portes de Albuquerque, o canal internacional estava recebendo tráfego de dados nacionais, o que contribuía para sua saturação. Agora, a base operacional da Rede Rio, instalada no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), está ligada diretamente ao roteador da IMPSAT, situado em São Paulo, que interliga o Brasil aos Estados Unidos. O resultado é uma conexão três vezes mais rápida. A qualidade do serviço ficará muito melhor em termos de velocidade de acesso às páginas internacionais e nacionais, explica.
De acordo com o coordenador da Rede Rio 2 e presidente do PRODERJ, Fernando Peregrino, a demanda do antigo canal estava reprimida em relação ao atendimento às comunidades científica, acadêmica e de governo. O motivo foi o aumento da procura pelo serviço, que vem crescendo desde a implantação da Rede Rio 2, em abril de 1999.
Ao conectar-se a algum site no exterior, o usuário já vai notar que o sistema está mais ágil. O serviço melhorou muito depois da implantação do novo canal. O acesso está bem mais veloz, afirma Fernando Veríssimo, gerente de Informática e Tecnologias da Academia Brasileira de Ciências, que costuma conectar -se a sites de outras academias na Ásia e Europa. Antes, os sites não chegavam completos devido à velocidade mais baixa, explica.
Até entrar em operação, o novo canal passou por uma série de testes iniciados no final de janeiro. De acordo com Márcio Albuquerque, a velocidade de conexão não deve parar nos 24 Mbps. Para oferecer mais agilidade aos usuários, a Rede Rio 2 já prevê um up grade no canal internacional, que daqui a seis meses passará a 34 Mbps. A meta, à médio prazo, é ampliar a capacidade para 155 Mbps, velocidade atual do anel principal da Rede Rio 2.
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