Editorial
A Faperj fecha o mês de setembro com um investimento da ordem de R$ 31 milhões. Esta cifra dá bem a dimensão do espaço político ocupado pela instituição nesse governo e da confiança depositada pelo governador Anthony Garotinho nas suas iniciativas. Nesses nove meses a Faperj redimensionou sua atuação, voltando seus investimentos para o benefício da sociedade em áreas do conhecimento que vão da Economia à Saúde, passando por questões sociais e o aprofundamento das discussões de temas como o Mapeamento das Populações de Rua, que propicia um verdadeiro raio X do problema, permitindo a implementação de políticas sociais com base em dados concretos. De grande importância para o desenvolvimento do estado, foi a criação de três Institutos Virtuais: o de Economia e Logística, que visa estudar as vocações econômicas para melhor orientar investimentos nos diversos municípios; o de Turismo, para incrementar e orientar essa atividade e o de Mudanças Globais, voltado para estudos climáticos e alternativas de desenvolvimento limpo, dentro dos padrões da Conferência do Clima da ONU.
Na era do conhecimento, não basta possuir fábricas, instalações produtivas convencionais na indústria, na agricultura e no setor de serviços para um país estender o seu desenvolvimento a todos. Auferir renda em seu comércio internacional suficiente para obter saldos que financiem educação, saúde e serviços básicos essenciais à população não se alcança sem exportar produtos com alto valor agregado internamente no País. O Rio de Janeiro hoje é reconhecido como a capital do petróleo. Um novo Texas. Tal reconhecimento pode ser comprovado pelos pesados investimentos que a indústria do petróleo realizará até o ano 2001. São mais de sete bilhões de dólares!
As empresas, como a Petrobras, que decidiram investir neste setor, o fizeram baseadas em dados geológicos e geofísicos que mapeiam os lugares onde são mais prováveis as reservas do chamado ouro negro para melhor explorá-los. Eis que no Rio de Janeiro surge um paralelo nem sempre percebido pela sociedade: de um lado as reservas de riquezas naturais, neste caso esgotáveis, de outro, as reservas não naturais, ilimitadas, se bem mantidas. É nesse sentido que o novo ciclo de progresso que se inaugura no estado do Rio de Janeiro pode se alinhar com o pensamento do sociólogo italiano Domênico de Masi, para o qual, neste fim de milênio, o importante é dominar os meios de criação e não os de produção. No nosso caso, o do Rio, trata-se do aproveitamento da enorme reserva, comprovada, de inteligência acumulada no estado, importante fonte de criação de conhecimentos técnico-científicos ainda muito pouco explorada.
Fernando Peregrino
Diretor Superintendente da Faperj
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