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Publicado em: 30/07/2015
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Livro digital discute novos conceitos de legado esportivo

Publicação debate o Rio após
  a Copa e os Jogos Olímpícos
    

Um ano após a realização da Copa do Mundo de futebol, que percorreu diferentes cidades do País, o Rio de Janeiro se prepara para receber outro evento de grande porte do calendário esportivo internacional: as Olimpíadas. Em comum, ambos os eventos levaram à decisão de construir estádios e arenas que vêm levando a opinião pública e diferentes integrantes da sociedade civil a questionar se esses investimentos se refletirão em um legado para a população. Para o professor Lamartine Da Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com as obras já em andamento, a questão não é mais discutir sobre o legado e, sim, pensar como administrá-lo. “Devemos agora criar soluções para que, após os Jogos Olímpicos, esses equipamentos sejam administrados de forma rentável e não fiquem abandonados”, diz Da Costa.

Com uma equipe de dois editores e quatro coeditores, ele organizou o livro-plataforma O Futuro dos Megaeventos Esportivos – Inovações pós Copa 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, disponível na internet em versão bilíngue (português-inglês). Lançado no final de maio na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado Rio de Janeiro – organização criada pela Alerj com o objetivo de reunir integrantes da sociedade civil, universidades e poder público para debater o desenvolvimento do estado –, o livro conta com a participação de pesquisadores de empresas na área digital voltados para o esporte. “Como o próprio nome sugere, o modelo ‘plataforma’ de gestão não é estanque e permite, por ser digital, que os autores possam revisitar os textos e, assim, com o passar do tempo criarem projetos mais inovadores”, complementa. 

Acessível a tablets, celulares e computadores, o livro traz uma série de artigos científicos escritos por pesquisadores nacionais e internacionais de diferentes universidades, que propõem soluções planejadas para a utilização sustentável desses novos espaços, por meio da discussão de temas, como Turismo, Planejamento Urbano, Educação, Gestão do Esporte e Paraolimpíadas.

A atleta paralímpica Roseane Santos testa cadeira
que promete maximizar a performance dos atletas
no lançamento de peso  (Foto: Divulgação/INT)     

Com cerca de 500 páginas, se impresso, e publicado com recursos, entre outros, do edital Apoio a Inovações do Esporte, o livro é, segundo seus organizadores, um dos primeiros no País a discutir a realização dos Jogos Olímpicos à luz da Agenda 2020 – conjunto de 40 medidas aprovadas em dezembro de 2014 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) que recomendam, entre outras coisas, a redução dos custos de organização dos jogos, a adoção de esportes de preferência dos jovens, a promoção da igualdade de gêneros e a abertura na organização para parcerias mais amplas e responsáveis com entidades públicas e privadas. “Não adianta apenas planejar as obras. É essencial identificarmos, desde o começo, os responsáveis pela entrega das obras e pela gestão posterior dos estádios, os chamados stakeholders”, acrescenta Da Costa,  sinalizando para a mudança do conceito de legado.

Em um dos capítulos, que destaca o esporte paraolímpico, é apresentado um banco de arremesso de peso desenvolvido com modernas tecnologias de escaneamento tridimensional e sensores para análise individualizada dos movimentos de cada atleta. O equipamento foi desenvolvido por pesquisadores do Instituo Nacional de Tecnologia (INT) e promete maximizar o conforto, a segurança e a performance de cada competidor. Para Da Costa, a participação do Brasil deverá trazer novidades tanto pelos resultados quanto pela tecnologia de ponta criada no País. “Assim, vemos o surgimento de um esporte apoiado na tecnologia, que está se tornando mais evidente na área paraolímpica mas que, deverá influenciar os esportes em geral” conclui. 

Em outro capítulo, os pesquisadores destacam o papel das Fan Fests realizadas durante a Copa do Mundo como instrumento de integração entre turistas e brasileiros e, também, para incentivar o turismo, e propõem a repetição do modelo durante as Olimpíadas. Segundo afirmam os autores, no Rio de Janeiro, mais especificamente nos bairros da Zona Sul e Central, foram realizadas aproximadamente 15 Fan Fests em diferentes formatos, que reuniram cerca de 900 mil espectadores durante a Copa do Mundo 2014. De uma maneira geral, todos os eventos públicos proporcionavam aos seus participantes, além de transmissões simultâneas dos jogos da Copa, um ambiente musical, festivo, seguro e descontraído.

Sobre mobilidade urbana, o livro fala ainda da necessidade de se pensar a questão, não apenas no contexto do desenvolvimento das cidades-sede dos eventos, mas também em sua integração econômica com as cidades do entorno. “O desenvolvimento de laboratórios de pesquisa em esportes nas universidades, além de programas nacionais que sejam modelos de parcerias para o desenvolvimento de futuros atletas também são alguns dos inúmeros temas abordados”, conclui Da Costa.

Para acessar o livro e baixá-lo, acesse: www.correrbem.org.br

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