Um dos programas mais bonitos de apoio à pesquisa da Faperj está retomando o fôlego. O Jovens Talentos, que promove a pré-iniciação científica de alunos do segundo ano do ensino médio, está selecionando projetos de diversas escolas do estado do Rio de Janeiro, e alguns já foram iniciados. Indicados pelas próprias escolas, os alunos recebem bolsas de R$ 80 por mês por até um ano e meio para desenvolverem projetos em qualquer área da ciência, apoiados por um orientador de uma universidade ou centro de pesquisas do Rio de Janeiro.
O programa, uma parceria da Faperj com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Centro de Ciências do Estado (Cecierj), está sendo remodelado e ampliado. Foram abertas quinhentas novas bolsas, que poderão ser renovadas por um ano após os primeiros seis meses, caso o rendimento do aluno seja satisfatório.
"Temos ido às escolas e a reação tem sido ótima", diz o físico Altair Souza de Assis, coordenador do projeto. "As diretoras nos recebem muito bem e mostram a escola. Percebemos o estado de solidão em que muitas se encontram". Segundo o professor, elas também ficam satisfeitas com a autonomia dada para a escolha dos alunos, porque cada escola tem seus próprios critérios de avaliação.
As escolas selecionam seis alunos, com interesses em pesquisa em qualquer área do saber livre. A equipe do projeto escolhe quatro por escola e busca transformar esse sonho em realidade, tentando achar um pesquisador que possa orientar o candidato."Não pegamos todos os candidatos para podermos apoiar de maneira mais ampla no estado", justifica Assis. "Mas se sobrar, atendemos os seis indicados por cada escola". Entre os municípios e regiões participantes estão Paracambi, Belford Roxo, Duque de Caxias, São Gonçalo, Niterói, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Campos, Petrópolis, Guapimirim, Ilha do Governador e Zona Oeste, além do próprio Rio de Janeiro.
Além de Assis, representante da Faperj, também coordenam o Projeto a diretora da Casa de Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, e os professores Cláudio Elias e Jorge Belisário, do Cecierj. Enquanto Nísia busca orientadores dentro da própria Fiocruz, Elias e Belisário vão às universidades e centros de pesquisa recrutar professores interessados em orientar os alunos nas mais diversas áreas.
Cada orientador fica responsável por um ou dois alunos, que seguem um plano de pesquisa. Depois, os trabalhos são apresentados no Encontro de Jovens Talentos e em reuniões
científicas, como as da SBPC.
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