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Publicado em: 21/08/2021
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Nota de pesar: falecimento do geneticista Hector Nicolás Abreu, pesquisador do Inca

Por Ascom Faperj

Uma vida dedicada à Genética: Hector
Abreu era pesquisador emérito do Inca
e também foi da UFRJ (Foto: Divulgação)

A diretoria da FAPERJ se une à comunidade acadêmica para expressar seu pesar pelo falecimento nesta sexta, 20 de agosto, do médico geneticista Hector Nicolás Seuánez Abreu, que era pesquisador emérito do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e desenvolveu relevantes projetos de pesquisa com apoio da FAPERJ, inclusive por meio do programa Cientista do Nosso Estado. No Inca, era líder do grupo Genética Tumoral e Análise de Genomas, que desenvolve pesquisas voltadas à caracterização de instabilidade genômica em leucemias, linfomas e tumores sólidos utilizando metodologias de sequenciamento de DNA de nova geração, análise de microarranjos e hibridização in situ por fluorescência (FISH), visando correlacionar dados clínicos e moleculares que permitam compreender melhor essas patologias. Ele faleceu no Rio em decorrência de um câncer no esôfago, doença que já o atingia há alguns anos. O velório será realizado neste domingo, mas será restrito à família devido à atual pandemia causada pelo novo coronavírus.  

Nascido em Montevidéu, no Uruguai, onde cursou estudos primários e secundários no sistema público do ensino, ele recebeu uma bolsa Fulbright para realizar estudos em Biologia em Gonzaga University (Washington State, EUA) onde obteve o título de Bachelor of Science in Basic Medical Sciences em 1967. No retorno ao Uruguai deu início aos seus estudos na Faculdade de Medicina e na Faculdade de Humanidades e Ciências, onde obteve os títulos de Doutor em Medicina e Biólogo respectivamente em 1974. Quando estudante foi bolsista do Departamento de Genética da Faculdade de Humanidades e Ciências, sob a direção da professora Renée Kolski e pesquisador na Divisão de Genética do Instituto de Ciências Biológicas, sob a direção do professor Máximo Drets. No mesmo ano de sua formatura (1974), obteve a bolsa Moffat Cameron da Faculdade de Medicina da Universidade de Edimburgo (Escócia, Grã-Bretanha) para realizar pesquisas na área da Genética no Medical Research Council – Clinical and Population Cytogenetics Unit, concluindo sua tese de doutorado (PhD) em 1977 e continuando no MRC até dezembro de 1978.

Nesta data, foi contratado como professor adjunto visitante no Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sendo efetivado em 1980, e pertencendo ao quadro docente de graduação e pós-graduação deste Departamento até sua aposentadoria, tendo sido coordenador do curso de Pós-graduação em Genética no período 1980-83. Em 1984 criou a atual Divisão de Genética no Inca, ocupando interinamente a Coordenadoria de Pesquisa em 1993 e em 1996-97. No período compreendido entre 1987 a 1991 foi pesquisador visitante no Laboratory of Viral Carcinogenesis do National Cancer Institute (NIH) em Frederick, Maryland (EUA), sob a direção do Dr. Stephen J. O´Brien. A pesquisa desenvolvida abrangia temas de Genética Humana (aspectos básicos, doenças metabólicas e câncer), mapeamento genético comparativo, e estudos evolutivos a nível cromossômico e molecular do homem e outros primatas. Sua produção científica compreendeu mais de 100 publicações em revistas indexadas de circulação internacional, tendo orientado mais de 15 estudantes de pós-graduação sensu stricto. Formou vários pesquisadores que hoje atuam em importantes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior. Atuava ainda como orientador da pós-graduação em Genética da UFRJ e da Pós Graduação em Oncologia do Inca, ministrando disciplinas em ambas no corrente período de 2021.
 
“Incansável, mostrou a todos que conviveram com ele uma imensa capacidade de trabalho que permitiu o avanço da pesquisa no Inca, na UFRJ e no Brasil. Sua mente sagaz, sua determinação, seu espírito colaborativo, seu prazer em fazer, discutir e ensinar ciência permanecerão presentes na lembrança de todos que o conheceram. Deixa a esposa Maria Helena, os filhos Maria José, Pablo e Ana, e os netos, e uma grande quantidade de gratos amigos que sentirão muito sua falta, mas que também aprenderam muito com ele”, contemporizou o geneticista Miguel Moreira, pesquisador do Inca, que trabalhou diretamente com Hector desde 1991.

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