O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Jogo ensina de forma didática as etapas de descoberta e desenvolvimento de novos fármacos
Publicado em: 09/12/2021
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Jogo ensina de forma didática as etapas de descoberta e desenvolvimento de novos fármacos

Débora Motta   

Detalhe do Screener: jogo de tabuleiro apresenta
cartas com atividades que ensinam o caminho para
a criação de novos fármacos (Foto: Divulgação/UFRJ)


Na fronteira do conhecimento, pesquisadores em todo o mundo se dedicam ao desenvolvimento de novos fármacos, princípios ativos que são a base para a produção dos medicamentos. Mas quais são as etapas a serem percorridas para que essas substâncias inovadoras cheguem à população, desde a sua síntese na bancada do laboratório até a produção industrial? Um jogo de tabuleiro desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por uma equipe multidisciplinar ensina, de forma lúdica e didática, todas as etapas desse longo processo. Batizado de Screener (https://screener.com.br), o game foi chancelado pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) para distribuição aos programas de pós-graduação da área (em Farmacologia, Farmácia, Química medicinal-farmacêutica) e inclui um livro sobre o assunto.

“O processo de desenvolvimento de um novo fármaco é longo. Requer em média 11 anos de estudos e investimentos da ordem de dois bilhões de dólares”, contou o professor François Noël, do Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal, vinculado ao Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da universidade. Ele foi o responsável pela produção do conteúdo científico do jogo e vem se dedicando aos seus projetos de pesquisa com apoio da FAPERJ, por meio do programa Cientista do Nosso Estado.

Lançado durante o durante o congresso da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE), no final de novembro, o jogo possibilita compreender todo o processo de introdução de um novo fármaco no mercado, desde a validação de um alvo até o registro do novo medicamento junto à agência reguladora, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O jogo, desenvolvido em português, vem suprir uma lacuna na formação de recursos humanos para a indústria farmacêutica no Brasil, com uma linguagem leve e bastante conteúdo”, ponderou o farmacologista.

Os coordenadores do projeto, Geraldo Xexéo (esq.) e
François Nöel: material didático, elaborado em português, 
ajudará na formação de recursos humanos em Fármacos

O material foi desenvolvido em parceria com o professor Geraldo Xexéo, coordenador do Laboratório de Ludologia, Engenharia e Simulação, no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Ludes/Coppe/UFRJ), que tem o objetivo de investigar metodologias para o desenvolvimento de jogos e como aplicá-los para ajudar a sociedade. “Foi um trabalho multidisciplinar, que envolveu pesquisadores e alunos de diversos departamentos da UFRJ, ligados à Coppe, ao Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e a Escola de Belas Artes”, disse.

Com diversas cartas ricamente ilustradas, o Screener apresenta como desafio aos jogadores a realização de 29 tarefas divididas em quatro áreas fundamentais no desenvolvimento dos fármacos: Segurança, Farmacocinética, Desenvolvimento Farmacêutico e Eficácia. As cartas possuem código QR, que permitem o acesso a textos explicativos sobre cada atividade, além de um glossário com a descrição de 36 termos técnicos na tela do celular ou no livro que acompanha o jogo. O jogador vitorioso consegue acertar o caminho para registrar o novo fármaco na FDA (Food and Drug Administration, agência federal americana equivalente à brasileira Anvisa).

Para o professor Noël, é necessário ampliar os investimentos na qualificação dos profissionais da área, para criar uma cultura inovadora que permita ao País atrair novos investimentos na indústria farmacêutica. “O jogo é uma forma de motivar nossos pós-graduandos para a inovação científica e tecnológica. É um produto desenvolvido a partir da integração de diversos pesquisadores dentro da universidade e, cada vez mais, é importante aproximar a produção acadêmica do meio empresarial”, concluiu.

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes