A proposta do Sudeste para os rumos de C&T no país foi discutida esta semana por autoridades e representantes de agências de fomento federais e estaduais, centros de pesquisa, universidades e empresas. A Conferência Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Sudeste, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, foi realizada entre 3 e 4 de agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg Trade Center),
Cerca de 250 pessoas participaram do encontro, entre representantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, é um dos que colaboraram para articular a agenda regional que será levada para a 3 Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada de
Segundo Rocha Filho, o encontro superou as expectativas. “Além de discutir propostas para a conferência nacional, avançamos muito na concepção de parcerias entre os estados do Sudeste”, disse, referindo-se à união desses estados em assuntos comuns como a poluição do Rio Paraíba do Sul e a preservação da Mata Atlântica. “Pretendemos criar grupos de pesquisa nos estados do Sudeste em torno dessas questões visando à preservação da biodiversidade”, adiantou.
Rocha Filho presume que a proposta do Sudeste para as questões nacionais também será bastante significativa. “Ela abrangerá itens importantes para a política nacional de C&T como a implementação da lei de inovação; a integração entre a base do conhecimento, o setor produtivo e políticas públicas; a gestão de metrópoles; o efeito estufa e uma infinidade de questões relevantes para o país”, revelou.
O tema central da reunião é o desenvolvimento econômico analisado na perspectiva da geração de riquezas, inclusão social, áreas de interesse nacional, presença internacional e gestão e regulamentação do conhecimento. A agenda com os resultados incluirá ainda o desenvolvimento de projetos comuns em áreas como biotecnologia e agropecuária.
Um dos destaques da proposta do Sudeste diz respeito à contribuição da ciência e da tecnologia para o controle e prevenção da violência. “A atuação das universidades e do pensamento social é fundamental para as políticas de segurança pública”, observou o diretor-presidente da FAPERJ.
Expositor do tema Participação das Universidades e dos Institutos de Pesquisa Tecnológica na Inovação em Empresas, Rocha Filho defendeu a integração entre a base do conhecimento, o setor produtivo e políticas públicas. Para ele, a transferência de tecnologia não pode estar restrita à universidade e à empresa. “Esse processo é uma concepção que reúne a base do conhecimento, o setor de produção e políticas públicas que perpassem os três poderes”, opinou.
Com a participação do diretor-científico da FAPERJ, Jerson Lima, o painel A dimensão regional do financiamento à pesquisa no Brasil abordou o papel das fundações de amparo à pesquisa (FAPs). Representantes das FAPs dos estados do Sudeste discutiram o equilíbrio de repasses muitas vezes insuficientes para o desenvolvimento da pesquisa nos Estados.
Na pauta de debates estiveram, entre outros temas, a cooperação regional e internacional em ciência e tecnologia e os projetos em curso nas áreas da biotecnologia, células-tronco e nanotecnologia.
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