Thiago Torquato – Ascom/Sect |
Cardoso (à dir.) recebeu os jornalistas em coletiva |
Acompanhado de representantes da Uerj e da Secretaria de Planejamento, o secretário afirmou que informações sem fundamento vêm sendo veiculadas pela imprensa dando conta de cortes no orçamento da instituição. “Não houve e não haverá corte no orçamento da Uerj”, garantiu. Sobre a diminuição nos valores do orçamento da Uerj para 2007, explicou: “O orçamento deste ano será menor que o de 2006 porque no ano passado cerca de R$ 80 milhões entraram e saíram da Uerj sem trazer nenhum benefício para a universidade”, disse. Segundo Cardoso, o governo do estado, por meio do Núcleo Superior de Estudos Governamentais (Nuseg), vinha usando a Uerj para pagar despesas relativas à terceirização de mão-de-obra, como no caso do Detran.
“O Ministério Público proibiu essa prática. Com isso, o valor total do orçamento diminuiu, pois esse montante do Nuseg ficou de fora. Daí a impressão de que a universidade está sendo prejudicada”, disse Cardoso. Ele acrescentou que outra forma de fazer parecer que o orçamento da Uerj foi prejudicado é comparar o valor total empenhado em 2006 com apenas nove meses percorridos até o momento em 2007. “Isso fará, de forma equivocada, o valor do orçamento de 2007 parecer ainda menor”, disse.
Alexandre Cardoso explicou que, cumprindo o que prometera nas horas subseqüentes ao incêndio na Uerj, as obras de recuperação da unidade estavam sendo iniciadas naquela data. O prazo para sua conclusão é de seis meses. A empresa escolhida para a revitalização dos quatro andares do bloco F do Pavilhão Reitor João Lyra Filho foi a Concrejato devido à sua expertise em obras pós-incêndios, como nos casos do Tribunal Regional do Trabalho, da Petrobras e da Eletrobrás.
Outras iniciativas que deverão beneficiar a instituição também foram anunciadas pelo secretário de C&T. Uma delas é a reincorporação à Uerj, após 20 anos, do espaço ocupado pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) no campus do Maracanã. O governo do estado ainda procura um novo local para abrigar o Centro.
Também foi anunciado o plano para a criação de um refeitório para funcionários e alunos da Uerj. Alexandre Cardoso explicou que o dinheiro para o projeto, cerca de R$ 2,5 milhões, já está reservado, e que uma comissão está sendo criada para tratar do assunto. O subsecretário de C&T Luiz Edmundo Costa Leite, que participou da coletiva, é um dos integrantes da comissão. Esta terá de 30 a 40 dias para entregar um projeto e, a partir daí, iniciar o processo de licitação que escolherá a empresa encarregada de realizar a obra. "O local para o bandejão já foi escolhido e os detalhes de seu gerenciamento ficarão a cargo da própria universidade", esclareceu Cardoso. Ele acrescentou que, ao contrário do que fora divulgado, as providências para dotar o campus de um bandejão não tiveram início após o incêndio, mas já vinham sendo debatidas desde maio e junho deste ano.
O secretário reconheceu que ainda são necessárias outras providências para garantir as condições ideais de uma instituição de ensino do prestígio da Uerj: “Sei que ainda falta muito para a universidade alcançar as condições ideais de funcionamento. Mas a Uerj vem de um abandono de dez anos e há um caminho a percorrer até que consigamos atingir o padrão desejável para uma instituição de ensino superior do porte da Uerj”, disse. Ele lembrou que ao longo dos últimos meses já manteve encontros com servidores, e que a secretaria vem analisando a pauta de reivindicações dos funcionários. “Todas as iniciativas voltadas para a melhoria das instalações estão inseridas dentro de um conjunto de ações do estado, e estamos atentos a tudo que possa ser feito para garantir que a universidade recupere seu lugar entre as principais instituições de ensino do país”, concluiu.
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